Rosinha de Valença toca uma das melhores composições de Baden Powell.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Solano Trindade
TEM GENTE COM FOME
Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Piiiiii
Estação de Caxias
de novo a dizer
de novo a correr
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Vigário Geral
Lucas
Cordovil
Brás de Pina
Penha Circular
Estação da Penha
Olaria
Ramos
Bom Sucesso
Carlos Chagas
Triagem, Mauá
trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dzier
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Tantas caras tristes
querendo chegar
em algum destino
em algum lugar
Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Só nas estações
quando vai parando
lentamente começa a dizer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer
Mas o freio de ar
todo autoritário
manda o trem calar
Psiuuuuuuuuuuu
Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Piiiiii
Estação de Caxias
de novo a dizer
de novo a correr
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Vigário Geral
Lucas
Cordovil
Brás de Pina
Penha Circular
Estação da Penha
Olaria
Ramos
Bom Sucesso
Carlos Chagas
Triagem, Mauá
trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dzier
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Tantas caras tristes
querendo chegar
em algum destino
em algum lugar
Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Só nas estações
quando vai parando
lentamente começa a dizer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer
Mas o freio de ar
todo autoritário
manda o trem calar
Psiuuuuuuuuuuu
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Ontem
Ah as pedras morrendo no tempo.
Esse sítio de aves repartidas.
Ontem me vi perto do chão, da terra.
Mansamente me vi perto do chão, da terra.
E esse galo, que agora atravessa
O meio das coisas,
Com seu canto,
Veio botar
Dentro
Da terra em cordão
Que trago batendo comigo
O compasso da vida.
Meu coração ditará, um dia,
Não há democracia no país das vísceras,
Quando a narrativa deve terminar.
E assim, na luz que completa a tarde,
Nascerá em mim
A dor das árvores postas,
As pedras, as aves
No passo de existir.
Ontem colhi as roupas dos varais pela nação,
Pela periferia,
Nesse lúcido campo sem centro,
Como se acarinhasse
Com ternura
A mulher que as lava.
E ela adormecia num país justo...
Ontem fui a vida inteira.
Esse sítio de aves repartidas.
Ontem me vi perto do chão, da terra.
Mansamente me vi perto do chão, da terra.
E esse galo, que agora atravessa
O meio das coisas,
Com seu canto,
Veio botar
Dentro
Da terra em cordão
Que trago batendo comigo
O compasso da vida.
Meu coração ditará, um dia,
Não há democracia no país das vísceras,
Quando a narrativa deve terminar.
E assim, na luz que completa a tarde,
Nascerá em mim
A dor das árvores postas,
As pedras, as aves
No passo de existir.
Ontem colhi as roupas dos varais pela nação,
Pela periferia,
Nesse lúcido campo sem centro,
Como se acarinhasse
Com ternura
A mulher que as lava.
E ela adormecia num país justo...
Ontem fui a vida inteira.
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